terça-feira, outubro 09, 2007

Passeio pedestre "Trilho Fortes e Moinhos da Costa" , dia 7 de Outubro, no litoral de Viana do Castelo, no âmbito das "Caminhadas no Litoral Minhoto"


No dia 7 de Outubro de 2007, cerca das 9 horas, juntaram-se oito caminheiros para realizar o Passeio pedestre "Trilho Fortes e Moinhos da Costa", no litoral do concelho de Viana do Castelo, a norte do Rio Lima.

No início tivemos o privilégio de realizar uma visita guiada, com a duração de cerca de 25 minutos, ao Farol de Montedor, graças ao obséquio do Sr. Queirós, o Faroleiro, na altura de serviço.

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Depois de providenciado transporte no final deste percurso linear na Praia Norte, o grupo seguiu em direcção norte ao Forte de Montedor (ou Forte de Paçô), um forte com mais de 3 séculos de existência e que se encontra na actualidade bastante destruído, não por investidas dos inimigos que se lhe anteviam mas pelo tempo e pela relativa incúria das entidades que o tutelam.

O tempo estava muito agradável para se caminhar, com o céu ‘bastante limpo’, e registando-se pouco vento, bem como uma temperatura amena.

Volvemos para sul pela singular Gândara do Montedor cujo matizado de cores floris e o salpicado da penedia e dos pássaros em animosos vôos imprimem um ambiente deveras aliciante a uma visita mais demorada. ‘Descobrimos’ nesta área protegida peculiares gravuras rupestres e pias salineiras.

De seguida visitamos (por fora) os moinhos do Marinheiro e de Cima, passámos pelas gravuras da Fraga da Bica e pela capela da Senhora do Bom Sucesso. Esta capela, ainda mais que o Forte de Montedor, encontra-se em estado avançado de ruína, merecendo pela sua beleza e importância um restauro o mais breve possível. Perto, encontra-se o Moinho do Petisco, muito bem conservado e onde aproveitámos para merendar alguma coisa.

De novo a caminho, por feliz coincidência, passamos pelo Sr. Armindo Pires, neto do proprietário inicial dos moinhos do Marinheiro e Cima, que nos convidou a fazer uma visita por dentro dos dois moinhos. Com bom grado aceitamos o generoso convite. Estes moinhos foram adquiridos pela Câmara de Viana do Castelo há cerca de três décadas atrás que efectuou neles obras de restauro na íntegra, constituindo hoje, juntamente com o Moinho de Petisco, um valioso núcleo museológico. O Sr. Pires explicou-nos com muito saber e experiência inúmeros aspectos e usos destes moinhos, construídos pelo seu avó.

Rumámos de seguida para sul em direcção ao forte de Forte da Areosa, por um caminho rural junto ao mar, avistando à nossa esquerda a sobranceira serra de Santa Luzia. Ao longo do percurso, por vezes efectuado em passadiços de madeira sobre a praia, passamos por mais pinturas rupestres e quatro moinhos de vento (hoje desprovidos de velas). Visitamos o Forte da Areosa e seguimos pela marginal da Praia Norte onde na sua extremidade sul o percurso findou.


Participantes: Ana Araújo, Cristina, Fernando Vilarinho, Lurdes Lopes e João Lopes, Manuela, Patrícia Silva, Pimenta.

Nota: Uma das participantes na caminhada, a Ana Araújo, tinha chegado há poucos dias da Austrália, Sidney, onde habita desde criança. Apesar de pouco tempo da sua vida ter sido passado em Portugal, vem frequentemente visitar a sua terra natal, Ponte de Lima, e Portugal em geral. A comunidade de Portugueses na Austrália, ainda bastante numerosa, devido à enorme distância que separa a terra dos cangurus da terra do galo de Barcelos, acaba forçosamente por se deslocar Portugal num espaçado de anos muito amplo. As prolixas viagens da Ana são efectivamente um bom exemplo de patriotismo, a ter em atenção sobretudo por aqueles, por exemplo, que acham que Portugal deve ser representado ao mais alto nível desportivo com murros ou impropérios, e claro, com as bandeiras bem desfraldas para encobrir muitas realidades.


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