"Rota dos Espigueiros" - (Várzea Cova - Fafe)
15 de Maio de 2010
Caminhada dirigida a Bibliotecários (e também são bem-vindos Documentalistas, Arquivistas e profissionais da Ciência da Informação)
FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO online - (clicar para aceder)
Local: freguesia de Várzea Cova - concelho de Fafe
Encontro: largo da Igreja de Várzea Cova
Hora de encontro: 10h30
Hora de Partida: 10h40
Distância a percorrer: 12 km
Grau de dificuldade: moderado/baixo
Tipo de percurso: circular
Cota Mínima Atingida: 477 m. Cota Máxima: 700 m.
Altitudes: Várzea Cova 500 m; Cruz de Pensal 547 m; Bastelo 671 m.
Percurso sinalizado, implementado e preservado pela secção de Pedestrianismo/Montanhismo da associação Restauradores da Granja
Organização geral: fernando_vilarinho
Inscrições gratuitas
Pontos de interesse: Espigueiros diversos, Ribeira de Bastelo, Ribeira de Abrunheiros, aldeia de Várzea de Cova, aldeia de Bastelo, bosques de carvalhos, moinhos de água, etc
Levar: Almoço volante e água.
Material necessário: botas/sapatilhas de montanha, roupa adequada a caminhar no no campo/natureza e à meteorologia do dia.
Ponto de encontro prévio (opcional): às 10h00 junto ao Cine-Teatro de Fafe. Saída em direcção de Várzea da Cova às 10h10
Descrição breve do percurso
O percurso da Rota dos Espigueiros inicia-se junto à Igreja Paroquial de Várzea Cova. Serpenteia por algumas artérias da aldeia, de onde se podem ver magníficos exemplares de espigueiros.
Passada a aldeia sobe-se até ao Outeiro do Pensal, local com excelente visão para a aldeia de Várzea Cova e a Ribeira de Várzea. O musgo pintado nas pedras dos muros e outros tons esverdeados das folhas das árvores contrastam com o castanho dos troncos e emprestam à paisagem um quadro vivo e harmonioso.
Depois de se atravessar a EN 331, vira-se à esquerda e segue-se junto à margem da Ribeira de Bastelo até se encontrar a Capela de São Mamede, no lugar de Bastelo. Bastelo é o lugar mais rural do Concelho de Fafe e onde se podem observar as mais belas construções da região.
Após a visita à aldeia, o percurso desce para Porto Covo. Percorre-se um caminho de terra, paralelo à Ribeira de Abrunheiros, junto a um magnífico bosque de carvalhos e outras espécies folhosas.
Mapa do percurso a linha amarela tracejada
Várzea Cova
Várzea Cova é uma freguesia antiquíssima que pertence ao concelho de Fafe. É uma das freguesias mais características e mais distantes do centro da cidade. Nela avultam vestígios de edificações dolménicas e castrejas e existem lugares com denominações que indicam que Várzea Cova foi povoada em áreas muito remotas, como Facha do Monte, Bastelo e Cerzeita. Nesta freguesia estão implantados dois marcos do Marquês de Castelo Rodrigo, D. Cristóvão de Moura: um encontra-se no Confurco, com as armas do brasão do marquês, e outro encontra-se junto ao Mosteiro da Lagoa, com a inscrição Marquês de Castelo Rodrigo, 1599.
Existem duas capelas filiais na freguesia de Várzea Cova do século XVIII: a Capela de São Mamede, no lugar de Bastelo, e a Capela de Nossa Senhora da Lagoa, pertencente a esta freguesia e também à freguesia de Aboim.
Várzea Cova contém três núcleos populacionais concentrados, mas distanciados uns dos outros, como sempre acontece nas zonas montanhosas: Bastelo, considerado o mais típico núcleo rural de montanha do concelho, Lagoa e Várzea Cova.Espigueiros de Várzea Cova
Várzea Cova situa-se num vale apertado entre dois montes. Possui terrenos férteis, irrigados por diversos riachos subsidiários do Vizela, e grandes quintas. A sua actividade económica predominante, é ainda hoje, a agricultura de subsistência. Outrora, a grande produção agrícola desta terra foi o milho. O elevado número de espigueiros existentes junto ás casas típicas de lavoura desta localidade são exemplos da importância que esta cultura teve para estas gentes. Os espigueiros são excelentes exemplares da arquitectura popular do Minho. Servem para armazenar as espigas de milho, protegendo-as da humidade e dos roedores. Conhecidos também como canastros ou caniços, são construídos em diversos materiais e a sua arquitectura varia de região para região. São pontos de referência na paisagem rural minhota.
A época tardia fim do Verão, inícios de Outono da maturação do milho implica que este cereal precise de instalações próprias, e nada responde melhor às necessidades de secagem e de armazenamento das espigas que o espigueiro. O seu sistema de construção foi concebido de forma a melhor preservar as espigas da humidade do ar e do solo, mantendo-as a salvo da acção predadora dos roedores, das aves e de alguns insectos.
Apesar de terem pouca ou nenhuma utilização nos nossos dias, a sua altivez, a harmonia e o perfeito equilíbrio, com formas bem delineadas e alguma complexidade na sua construção, transforma-os em autênticas obras de arte rurais. Podemos dizer que os espigueiros não eram meros depósitos de milho. Basta ver o cuidado e apreço que as populações dedicavam a estas construções e à sua decoração nos exemplares que ainda restam em Várzea Cova.
Aldeia de Bastelo
Bastelo é um autêntico museu ao ar livre. Aqui existe uma pequena capela dedicada a São Mamede onde anualmente se realiza uma romaria no dia 15 de Agosto.
São Mamede é o advogado da fome e a ele está associado um culto muito antigo de fertilidade: as mulheres, quando não têm leite para amamentar os filhos, recorrem ao santo. Esfregam uma côdea de pão na imagem, metem-na numa malga de vinho que bebem e voltam a ter leite farto nos seios. O mesmo ritual é praticado com animais, e os resultados são idênticos. (Restauradores da Granja)
(fonte dos textos: associação Restauradores da Granja)
Localização da freguesia de Várzea Cova (do concelho de Fafe)
Fotos de anteriores caminhadas na Rota dos Espigueiros
Em caso de dúvidas contactar:
ffvilarino@gmail.com
965683938 - 933872245 - 914279361
Sem comentários:
Enviar um comentário