Estudo da Universidade do Missouri de caminhadas acompanhadas de outras pessoas ou cães.

O texto seguinte é a tradução de um artigo recentemente publicado no jornal NY Times:

"Uma pesquisa de um instituto da Universidade do Missouri descobriu que as pessoas que efectuam caminhadas com cães são mais consistentes no exercício regular e evidenciam um maior melhoria no capacidade física do que as pessoas que caminham com outra pessoa.

Num estudo de 12 semanas de 54 idosos que viviam num lar, a 35 pessoas foi atribuído um programa de caminhada de cinco dias por semana, enquanto os 19 restantes serviram como grupo de controlo. Entre os caminhantes, 23 foram seleccionados para caminhar com um amigo ou cônjuge que servia como parceiro regular da caminhada. Esta caminhada era efectuada numa trilha que foi estabelecida perto do lar. Outros 12 participantes tomaram um autocarro diário para um abrigo de animais local, onde lhes foi atribuído um cão respectivo para caminhar.

Para surpresa dos pesquisadores, os caminhantes com o cão mostraram uma grande melhoria na capacidade física, enquanto os caminhantes com outra pessoa começaram a dar desculpas para ignorar o treino. Também a velocidade do andar entre os caminhantes com o cão aumentou 28%, comparado com apenas um aumento de 4% entre os caminhantes com outra pessoa.

"O que aconteceu foi nada menos que impressionante", afirmou Rebecca A. Johnson, Professora de Enfermagem e Directora do “Research Center for Human Animal Interaction” organismo da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Missouri . «A melhoria na velocidade do andar significa que a sua confiança na sua capacidade de andar e o seu equilíbrio tinha aumentado. Apresentar uma melhoria de 28 % na velocidade de caminhada é deveras extraordinário!"

Rebecca A. Johnson disse que pelo facto de algumas pessoas têm medo de cães, os participantes tiveram a opção de andar com outra pessoa ou um cão como companheiro. A investigadora expressou ainda que os caminhantes com cão eram muito mais consistente na realização diária do programa do que aqueles que estavam andando com outra pessoa. «No grupo de caminhada humana, regularmente desencorajaram o outra a caminhar», relatou. "Missouri é um estado quente. Diziam «Hoje Está quente. Não tenho vontade de andar, e tu? "

A resposta dos participantes do grupo de caminhada com o cão - e seus companheiro cão - era muito diferente. «Quando eles vieram para o abrigo de animais, saltaram do autocarro e disseram: 'Onde está o meu cão?» disse a Professora. «E os cães nunca lhes mostraram desânimo de caminhar".

Rebecca A. Johnson disse que suspeita que as diferenças aparecerão noutras áreas, como depressão e ansiedade, apesar dos dados ainda estarem em análise e o estudo final ainda não ter sido publicado. Mas havia também outros indicadores subtis de melhoria entre o grupo de caminhantes com cão. Muitas pessoas neste grupo parou de usar bengalas e andarilhos. «Elas diziam, “Agora eu estou fisicamente apto para levar o meu cão para passear"» declarou a cientista."

Fonte: Jornal New York Times - 14/12/2009