quarta-feira, julho 25, 2007

Percurso pedestre de Várzea de Calde, em Viseu, é sucesso junto da população

O percurso pedestre de Várzea de Calde, em Viseu, está a ser um sucesso junto da população. Na caminhada (a terceira, contando com a da inauguração) organizada ontem pela autarquia participaram várias dezenas de pessoas. No entanto, têm sido muitos aqueles que aproveitaram o bom tempo dos últimos dias para conhecer melhor aquela freguesia no norte do concelho.

A Câmara Municipal de Viseu está satisfeita com a adesão por parte dos viseenses e prepara a inauguração de mais três percursos. "Em fase adiantada do projecto estão Campo, Cepões e Côta", revelou ao nosso Jornal, o presidente do município, Fernando Ruas, no final do percurso de ontem. Segundo o edil, o objectivo é criar uma rede municipal com pelo menos um caminho por freguesia, mas, para já, as freguesias do Norte levam vantagem. "Tem também a ver com a beleza marcante desta zona do concelho", admitiu o autarca.

Nas últimas semanas Palmira Almeida, habitante de Várzea de Calde, tem visto muita gente passar pela sua aldeia, considerando que a criação do percurso pedestre foi uma medida muito positiva. Os membros da Associação Cultural local também estão de acordo: as caminhadas ajudam a promover a localidade.

Ontem, montaram uma espécie de área de apoio junto a um dos moinhos e davam aos utilizadores do percurso pedestre a possibilidade de ganharam mais força disponibilizando vinho (branco ou tinto), água, presunto e broa. Com muita boa disposição iam incentivando os caminhantes a continuar, já que faltava a parte mais difícil, a subida para a Barragem.



O que pode ver durante o percurso
Ao longo dos quase nove quilómetros do percurso pedestre de Várzea de Calde as pessoas podem "maravilhar-se" com paisagens diferentes e conhecer melhor algum do património cultural e arquitectónico.

A caminhada começa no meio de campos cultivados, ladeados de videiras. Acompanhando os regos que levam a água até às culturas, rapidamente se chega às zonas onde é preciso caminhar em fila indiana já que não há mais espaço entre a ribeira de Várzea e os terrenos dos habitantes daquela aldeia. Chegados ao pinhal que cobre grande parte da freguesia, os caminhantes entram noutro "mundo", muito mais escuro e mais fresco e seguindo sempre o curso de água chegam aos primeiros moinhos. Alguns deles cederam às intempéries e vão ser recuperados, outros nunca deixaram de funcionar.

O caminho continua e, para quem deseja, é possível descansar nos bancos colocados estrategicamente em locais de grande beleza junto à ribeira. Com o aproximar da Barragem de Calde o caminho começa a alargar e é possível manter uma conversa com os "colegas" do lado, enquanto se percorre mais alguns quilómetros, passando por dois parques de merenda bem equipados.

Após cerca de duas horas chega-se à aldeia de Várzea, cujo núcleo tem vindo a ser requalificado e onde em breve deverá abrir as suas portas o Museu do Linho. É aqui que termina o primeiro percurso pedestre do concelho de Viseu.


Fonte: Diário de Viseu -16-07-007

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