terça-feira, janeiro 05, 2010

A Federação Canária de Montanha retirou toda a sua rede de percursos pedestres do "Catálogo de Senderos do Estado Espanhol"


A Federação Canária de Montanha (FCM) retirou toda a sua rede de percursos pedestres, com mais de mil km de extensão no total, do "Catálogo de Senderos del Estado Español". O motivo, afirma a FCM, é o mal estado de mais de 600 kms de caminhos do total de mais de mil que possui a rede. A decisão foi tomada depois do Conselho do Meio Ambiente de Espanha ter ignorado as reiteradas advertências sobre a necessidade de rever os percursos pedestres das Canárias antes que ocorra um acidente.

A Rede de Percurso Pedestres das Canárias começou a ser implementada no ano 2000 e os mais de mil kms da rede converteram-se numa referência para os praticantes de toda Europa que chegam aos milhares ao arquipélago. Por este motivo, a ERA-FERP, elegeu o arquipélago para celebrar o seu 40º Congresso Geral que teve lugar no passado mês de Outubro, em La Palma.

Em Espanha este não é o primeiro caso do género: Navarra eliminou do catálogo todos as suas GRs devido à má conservação; a Federação de Madrid, também descatalogou há uns anos muitos dos percursos pedestres da região. E há poucos anos, a Federação Galega descatalogou um terço dos percursos pedestres homologados galegos.

Baseado no artigo da editora Desnível

1 comentário:

Jorge Agostinho disse...

Por cá é bem diferente...
Falemos dos "homologados" ou dos "pretensamente homologados" que é uma outra categoria...
Normalmente inaugura-se o percurso com alguma "pompa e circunstância".
Depois, seja "o que Deus quiser"...
Não há verificação/fiscalização do estado nem manutenção do mesmo.
Com a quantidade de Técnicos de Percursos Pedestres credenciados pela FCMP, porque lhes não são atribuídas e delegadas competências para executar esse trabalho???
Alegados factores economicistas apenas servem para encobrir uma falta de visão estratégica que advém da insensibilidade e déficit de competência para assumir a responsabilidade.
No que toca aos "não homologados",na maioria promovidos e implementados por autarquias, também aqui o problema é o mesmo.
Corta-se a fita e depois?
Salvo as excepções das Câmaras que têem uma política coerente de valorização desta forma de Turismo, na maior parte dos casos os percursos ficam "ad-eternum" ao mais completo abandono. Até ao dia em que haja um acidente grave e alguém se lembre ( e tenha a capacidade ) de responsabilizar os promotores. Aí talvez acordem...