quinta-feira, dezembro 25, 2008

9ª edição dos Percursos de Roda Pé - Pelo concelho de Moura, de Março a Maio de 2009, organizado pelo ADCMoura

9ª edição dos Percursos de roda pé - Pelo concelho de Moura

Março-Maio 2009

Organização:
Associação para o Desenvolvimento do Concelho de Moura (ADC Moura)



7 de Março
O Admirável Mundo das Orquídeas
Local: Sobral da Adiça
Local e Hora de Partida : Sobral da Adiça (entrada da aldeia, junto à GNR) - 10.00 h
Distância: 15 km
Percurso circular
Cota máx_ 522 m | Cota mín_ 216 m
Acompanhamento do biólogo Ivo Rodrigues
Existem há 15 milhões de anos. São consideradas as plantas mais evoluídas que se conhecem. São as orquídeas, pertencentes a uma família com cerca de 20 mil espécies em todo o mundo, 60 delas existentes em Portugal, havendo inclusivamente algumas subespécies endémicas portuguesas. Só nos solos calcários da serra da Adiça, um dos nossos mais importantes santuários destas plantas, ocorrem 13 espécies, entre as quais a raríssima Orchis collina, uma orquídea que, em Portugal, apenas é conhecida nas ncostas secas da elevação de Ficalho. Na subida ao cume iremos, com sorte, descobrir estas fantásticas plantas que nunca são polinizadas pelo vento, mas sim por uma grande variedade de insectos, especialmente abelhas e vespas. Noutras regiões do mundo hegam a ser polinizadas por colibris e ratos. Isso ajuda a explicar algumas diossincrasias das orquídeas: o facto de muitas libertarem um odor semelhante ao odor das fêmeas de algumas espécies de insectos e de a pétala central da flor em muitos casos imitar a forma da fêmea de um insecto, tornando-a um poiso irresistível para os machos. Estes e outros segredos serão revelados por um apaixonado por estas donas flores: o Ivo Rodrigues.




4 de Abril
Visita guiada à Estação Biológica do Garducho
Loca: Amareleja
Local e Hora de Partida : Amareleja (rotunda, saída para Mourão / Barrancos) - 10.00 h
Distância: 8 km
Percurso linear
Cota máx_ 309 m | Cota mín_ 195 m
Colaboração: CEAI - Centro de Estudos da Avifauna Ibérica e Herdade da Paz
Acompanhamento dos técnicos do CEAI
Tomando o lugar de um antigo posto fronteiriço, a meio caminho entre Amareleja e Valência del Mombuey, a Estação Biológica do Garducho é um espaço contemporâneo dedicado à conservação da biodiversidade e à descoberta da paisagem através do olhar da ciência, da arquitectura, da poesia e da arte. Propriedade do Centro de Estudos da Avifauna Ibérica (CEAI), a Estação contempla diversas funcionalidades com áreas expositivas, de trabalho técnico e de alojamento, um laboratório, um observatório e ainda um museu onde é possível “atravessar” estepes cerealíferas, montados, matagais e bosques mediterrânicos, ribeiras, hortas e pomares, e descobrir as particularidades da fauna e flora destes distintos lugares, alguns dos quais iremos atravessar de facto no nosso trajecto entre Amareleja e a Estação. Razões de sobra para não perder esta viagem na companhia dos próprios técnicos do CEAI.




18 de Abril
Planícies Suaves e Cerros Alcantilados com História
Local: Póvoa de São Miguel
Local e Hora de Partida : Póvoa de S. Miguel (Casa do Povo) - 10.00 h
Distância: 13 km
Percurso linear
Cota máx_ 210 m | Cota mín_ 95 m
Acompanhamento do investigador António Montezo
Abarcando uma vasta planície nas imediações da Póvoa de São Miguel, o Monte Novo do Pombal impressiona pela singularidade da sua arquitectura, de inspiração senhorial-medieval. Encantados com a descoberta, primeira de muitas neste dia, prosseguimos para leste, atravessando campos de semeadura e terras de olivais, ao encontro das termas de Santa Ana, junto ao monte de Ourives. Saciada a curiosidade por histórias deste lugar, rumamos desta vez ao Sul, a caminho do vale do Ardila, cruzando olivais e depois as terras bravias das Tojeiras. Para terminar em beleza, o nosso cicerone, o investigador António Montezo, ir-nos-á guiar até a um povoado pouco conhecido da Idade do Cobre/Bronze, com vista deslumbrante sobre o curso do rio Ardila, e, junto à margem, a uma azenha antiga e local de cardagem de lã.


25 de Abril
Por Montes e Vales, no Rasto do Lince-Ibérico
Local: Sobral da Adiça
Local e Hora de Partida : Sobral da Adiça (entrada da aldeia, junto à GNR) - 10.00 h
Distância: 13 km
Percurso linear
Cota máx_ 330 m | Cota mín_ 192 m
Colaboração: LPN - Liga para a Protecção da Natureza, Projecto Lince
Acompanhamento dos biólogos Filipa Loureiro, Eduardo Santos e Miguel Lecoq
Considerado o felino mais ameaçado do mundo, o lince-ibérico é um dos mais enigmáticos e fascinantes carnívoros da fauna ibérica. Seguimos no seu encalço, em direcção à zona onde foi confirmado um dos últimos vestígios da sua presença em terras lusas, para descobrir alguns dos segredos do seu território. E quem melhor do que os biólogos Filipa Loureiro, Eduardo Santos e Miguel Lecoq, conhecedores da região, técnicos e colaboradores do Programa Lince da LPN/FFI, que visa a recuperação do habitat desse mamífero no Sul de Portugal, para nos guiar nesta caminhada e seduzir com os seus vastos conhecimentos sobre o assunto. Deixando Sobral da Adiça para trás, dirigimo-nos para ocidente, percorrendo os olivais e áreas de matagal da serra de Malpique. Do cimo desta elevação desfrutamos de vistas magníficas sobre o tapete de cores das planícies cerealíferas, dos pomares, dos bosques, dos olivais e do imenso figueiral da Herdade dos Machados que também cruzaremos. O denso matagal mediterrânico, que se estende pelos cumes e encostas da serra, numa paisagem de rara beleza, deixa adivinhar a riqueza da flora e da fauna. Aqui a diversidade abunda. É este um dos últimos redutos do lince-ibérico em Portugal. Quem sabe, se não há por ali algum à espreita...




16 de Maio
Uma Noite com o Bater de Asas de uma Borboleta
Local: Sobral da Adiça
Local e Hora de Partida : Sobral da Adiça (Casa do Povo) - 18.00 h
Distância: 10 km
Percurso circular
Cota máx_ 310 m | Cota mín_ 195 m
Acompanhamento do entomologista Eduardo Marabuto
De dia, utilizam redes para as capturar. De noite, armadilhas luminosas: um apoio para a lâmpada, um lençol branco estendido no chão, para facilitar a sua detecção, alguns copos que funcionam como gaiolas, permitindo a contagem e identificação das presas antes de serem devolvidas à natureza. Estamos a falar de lepidópteros, vulgarmente conhecidos por borboletas e mariposas, e de entomologistas ou aqueles que as estudam para fins científicos. Será na companhia de um destes especialistas na matéria, o Eduardo Marabuto, que faremos um passeio nocturno na serra da Adiça, considerada um paraíso para estes seres alados. Com as referidas técnicas de captura, e também alguma sorte, será possível achar a sempre vistosa cauda-de-andorinha ou a borboleta-do-medronheiro, o maior lepidópetro diurno da Europa, passando por espécies raras, como a Amygdaloptera testaria, ou em perigo de extinção, como a Euchloe Tagis. Como se pode ver, motivos não faltarão para sentir intensamente o efeito borboleta, desta vez numa nova fórmula: o simples bater de asas de uma borboleta na serra da Adiça desencadeia uma onda de felicidade no mundo inteiro.


Contactos:
Associação para o Desenvolvimento do Concelho de Moura

Travessa da Misericórida, 4 -1º
7860-072 Moura
Tlf 285254931
Tlf/Fax 285253160
adcmoura@adcmoura.pt


Ficha de Inscrição



Fonte do texto e imagens: ADC Moura - Associação para o Desenvolvimento do Concelho de Moura



8ª edição dos Percursos de Roda Pé - 2008

7ª edição dos Percursos de Roda Pé - 2007


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