"A Câmara de Terras de Bouro vai exigir contrapartidas pelo pagamento de 1,5 euros de portagem para atravessar a mata da Albergaria, no Gerês, entre Junho e Setembro. Depois da publicação em 'Diário da República', no início do ano, da portaria, aquela será a primeira área protegida do país a cobrar passagem, uma vez que é propriedade estatal. Outras se seguirão, a nível nacional, mas com maiores dificuldades, já que a maioria do território é privada.
Em declarações à Lusa, o presidente da Autarquia referiu o facto de o Instituto de Conservação da Natureza se ter "esquecido de cumprir as contrapartidas prometidas em 2004 investimento nas freguesias serranas, abertura da albufeira de Vilarinho das Furnas a barcos sem motor e criação de duas praias fluviais".
António Afonso reivindicou, ainda, a melhoria da estrada que atravessa a mata e pediu a transferência da sede do Parque Nacional, em Braga, para o Centro do Vidoeiro, na Peneda-Gerês. Tal como o JN já havia adiantado, a taxa de acesso constituirá fonte de receita do instituto, devendo o resultado da sua aplicação ser afecto a acções de gestão e conservação da mata.
Segundo a portaria publicada, os visitantes que acedam àquela zona a partir da área abrangida pela estrada florestal de Leonte até Portela do Homem e da estrada florestal de Bouça da Mó até ao entroncamento com a estrada anterior estão sujeitos ao pagamento de taxa de acesso. Ficam isentos os condutores que sejam residentes ou naturais de Terras de Bouro, mediante a apresentação de documento comprovativo da naturalidade ou residência. O director do Parque Nacional disse à Lusa que usou o argumento da preservação da mata, "ao impedir a invasão de veículos numa reserva biogenética de interesse mundial" e deu garantias de que "as contrapartidas pedidas serão cumpridas".
Fonte: Jornal de Notícias - 14-2-007
Fonte: Jornal de Notícias - 14-2-007
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