No passado dia 27 de Setembro, data comemorativa do turismo a nível mundial, a em parceria com aCCDR Norte, REFER, promoveu o workshop “Novas tendências da qualidade de vida, turismo e mobilidade. Que Redes de Ecopistas/Corredores Verdes na Região do Norte? ” em que pretendeu debater a viabilidade das ecopistas no Norte, compreendendo as regiões do Douro, Trás os Montes, Minho e Porto. O workshop decorreu no Auditório da CCDR-N (Porto).
Depois de feito o diagnóstico das potencialidades de cada sub-região tipo na grande região turística do Norte, o futuro passa pelo fomento de ecopistas utilizando os antigos traçados das linhas ferroviárias desactivas e ainda concessionadas à empresa pública REFER. Luís Manuel Silvestre, da REFER, referiu que actualmente «a região Norte possui 366 quilómetros de corredores desactivados, e 36 desses quilómetros estão já convertidos em ecopistas, que não são mais que percursos pedonais ou ciclovias estruturadas tendo em conta os elementos tradicionais e naturais existentes no local», e mediante uma parceria entre as várias Comissões de Coordenação e Desenvolvimento (CCDR) das diversas regiões do país e a própria REFER.
Em Portugal existem já quatro grandes percursos pedestres: Monção, Vila Pouca de Aguiar, Torre de Moncorvo e entre V. N. Famalicão e a Póvoa de Varzim.
A concretização destas ecopistas só é possível “se houver uma relação directa entre a REFER e todas as entidades beneficiadas por estes corredores, como os municípios e organizações regionais” prosseguiu Luís Manuel Silvestre. E acrescenta que «a REFER não tem uma posição do ‘quero, posso e mando’. São caminhos ligados à tradição daqueles locais, com uma grande importância em termos do emprego». Para muitas regiões, estas vias servem como «pequenas âncoras de desenvolvimento». A ecopista é, aliás, um conceito ligado «ao plano estratégico do turismo para todo o país, incluindo a zona Norte», frisa Luís Manuel Silvestre, já que, e segundo os estatutos do Programa Operacional do Norte para o período 2007 – 2013, «existe uma grande urgência em se investir numa cultura do ordenamento do território, do turismo, identificando e respeitando a ligação á terra», consta do ponto 2.3.6 do programa da Governação do território.
Por sua vez, Nuno Fazenda, da CCDR Norte, espera que as novas ecopistas possam dar um novo fôlego ao turismo na zona e corrigir algumas falhas, como «o ainda reduzido alojamento, a incapacidade da fixação dos visitantes, o défice de imagem e notoriedade no estrangeiro».
O auditório esteve completamente preenchido de profissionais do ambiente, executivos camarários e algumas delegações espanholas que, a convite, mostraram exemplos do que tem sido feito no país vizinho, nomeadamente em Girona.
José Sá Reis
Fonte: O Primeiro de Janeiro - 2-10-007
Sem comentários:
Enviar um comentário