"Ontem, em Coimbra, o secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, admitiu, que o Estado possa, num futuro próximo, “convidar” os visitantes das áreas protegidas a dar um «pequeno contributo» destinado à manutenção desses espaços e alterar, assim, a forma de financiamento da conservação da Natureza.
«Uma primeira peça, fundamental, é as áreas protegidas estarem mais preparadas para que o visitante seja convidado, em certos troços e locais e em certas condições, a dar um pequeno contributo para ajudar a manter aquilo que vai usufruir», disse Humberto Rosa, exemplificando com o que acontece actualmente numa zona do Gerês.
Falando aos jornalistas à margem do I Encontro Ibérico de Educação Ambiental, que se prolonga até amanhã, na Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC), o governante admitiu a implementação desta medida por a já anunciada reestruturação dos parques naturais não ser, por si só, suficiente para assegurar o financiamento necessário. «Quanto aos meios financeiros, só a reestruturação não resolve. O Estado português tem de repensar a forma como financia a conservação da Natureza e as áreas protegidas», preconizou Humberto Rosa.
«Se tivéssemos um cheque adicional para o Instituto de Conservação da Natureza, também não resolveríamos os problemas, que eram estruturais e organizacionais. A peça organizacional está montada, vai ser agora implantada», afirmou. Por isso, Humberto Rosa mostrou-se satisfeito com a reestruturação prevista, uma vez que esta «reforça as áreas protegidas através da criação de um nível intermédio de direcção».
Fonte: Beiras Online - 23-3-007
Interessante é que o Estado nem é dono de 2/3 dos terrenos das Áreas Protegidas e quer cobrar entradas nelas. Vou criar também um organismo para cobrar entradas (a reverteram para o meu bolso) na Torre de Belém e olhem no, que já parece certo, futuro museu Oliveira Salazar.
A seguir às Áreas Protegidas vão ser os Parques das Cidades e Municipais e depois os jardins e passeios públicos...
Em Espanha nem nos Parques que são Património Universal da UNESCO: os Parques Nacionais de Doñana, do Monte Perdido, ou de Garajonay, são cobradas taxas. É simplesmente irracional podermos entrar no Doñana de borla (anda há pouco tempo considerada pela revista Time uma das maravilhas da Europa) e ao lado ter-se que se pagar para percorrrer o Parque do Guadiana (que, sem mesnoprezo, a verdade é quase só os portugueses ouviram falar). Faz-me lembrar a questão das portagens onde não se paga nas excelentes autopistas e autovias da Andaluzia e cá quer-se pagar na via do Infante. Mas neste caso ainda mais acentuado.
(No parque Donãna existem muitas excursões de visita pagas, mas quem optar pode visitar o parque gratuitamente. Claro que todas as visitas são reguladas)
A seguir às Áreas Protegidas vão ser os Parques das Cidades e Municipais e depois os jardins e passeios públicos...
Em Espanha nem nos Parques que são Património Universal da UNESCO: os Parques Nacionais de Doñana, do Monte Perdido, ou de Garajonay, são cobradas taxas. É simplesmente irracional podermos entrar no Doñana de borla (anda há pouco tempo considerada pela revista Time uma das maravilhas da Europa) e ao lado ter-se que se pagar para percorrrer o Parque do Guadiana (que, sem mesnoprezo, a verdade é quase só os portugueses ouviram falar). Faz-me lembrar a questão das portagens onde não se paga nas excelentes autopistas e autovias da Andaluzia e cá quer-se pagar na via do Infante. Mas neste caso ainda mais acentuado.
(No parque Donãna existem muitas excursões de visita pagas, mas quem optar pode visitar o parque gratuitamente. Claro que todas as visitas são reguladas)
2 comentários:
Caro Fernando, li boa parte de seu blog e agora passo a ser freguês. Sou um caminhador da urbe, andando 12km por dia entre casa e serviço, e a volta. Amigo, voltarei sempre. Venha também ao Oriomba!!!
Obrigada!
Gostei do Oriomba.. Nina Simone, Miles Davis,..
caminhador da urbe e que grande urbe, só aí a urbe de Belo Horizonte tem quase tantas pessoas como Portugal inteiro!! em 22 km de diâmetro tem tantos como nós.
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