A adaptação de antigas linhas ferroviárias a
ecopistas/cliclovias (circulação restrita a pedestres e veículos não motorizados) é um processo que se vulgarizou nos países ocidentais e que nos últimos anos alargou-se a Portugal. Se no território luso assumem o nome de ecopistas/cliclovias
ou ecopistas,
pela Europa fora tomam o nome de Vias Verdes (Greenway na Inglaterra, Voie Verte na França). Portugal é dos poucos países europeus que se viu compelido a adoptar um nome diferente em virtude da BRISA ter patenteado o nome primeiro.
Fonte da imagem
Em Espanha, na actualidade, existem cerca de 1600 km de Vías Verdes, 14 anos depois do início deste programa.
Em Portugal a extensão é bem mais modesta.
A mais antiga é a ciclovia/ecopista de Fafe-Guimarães, inaugurada em 1996, com 6 km de extensão. Três anos depois foi ampliada para os actuais 14,1 Km. É uma via muito interessante que já percorri duas vezes por volta do ano 2000, ambas de bicicleta,mas que também pode ser percorrida a pé. Entretanto, não sendo alvo de manutenção, um amplo estudo de 2001 constatou a sua degradação (e inclusive a pontual circulação de veículos motorizados!!). Têm sido entretanto envidado mais recentemente alguns esforços na sua conservação.
Em Novembro de 2004, foi inaugurada a “Ecopista do Rio Minho” de Valença a Monção, de 13 km de extensão, e que no futuro se estenderá 16,3 km. Esta ecopista não se resume ao traçado asfaltado, mas possui numerosas infra-estruturas de apoio.
Assim a antiga Casa da Vigia da Linha, em Valença, foi remodelada para receber o Centro de Interpretação da Ecopista. Por sua vez as estações e apedadeiros foram transformados para servirem de espaços de acolhimento aos utentes da ecopista, com casas de banho, abrigos, zona verdes e de lazer, parques de estacionamento, painéis informativos e de interpretação da via.
Ao longo da via os painéis de interpretação e a sinalética fornecerão elementos suficientes para que os utentes da Ecopista, na ausência de guias, possam compreender os recursos culturais, naturais e paisagísticos que se lhes vão apresentando.
Em 2006 foi inaugurado a "Ecovia do Rio Lima” que liga Ponte de Lima à Lagoa de Bertiandos, num total de 7 km.
Também em
Setembro de 2006 foi inaugurado um troço
de 6km da “
Ecopista da Linha do Corgo”, entre Vila Pouca de Aguiar - Pedras Salgadas” ; e um troço de
4,4 km da “
Ecopista da Linha do Sabor” entre Torre de Moncorvo – Larinho. A “
Ecopista da Linha do Corgo” futuramente ligará Chaves a Vila Real, com extensão de 71,4 Km; e por sua vez a “
Ecopista da Linha do Sabor” futuramente ligará Vila Nova de Foz Côa a Miranda do Douro, com extensão de 105,5 Km.
Está ser construída a ecopista (asfaltando parte da Linha [ferroviária] da Póvoa) entre Famalicão e Póvoa de Varzim, num total de 29,2 km de extensão.
Outras linhas ferroviárias desactivadas que também se projecta converter em ecopistas são a “Linha do Tâmega” (entre Amarante e Cabeçeiras de Basto com 49 Km), “Linha do Tua” (entre Mirandela e Bragança com 75,3 Km), e “Linha do Douro” (Pocinho- Barca de Alva com 28 km).
Consultar:
Plano Estatégico de Ecopistas em Portugal - REFER
clicar para ampliar (fonte: REFER)
4 comentários:
Em Viseu já está aberta a ecopista da ex-linha do Dão cca de 7 km.
Sou frequentador assíduo do troço famalição-Balazar, espero poder brevemente fazer todo o percurso até á Póvoa de Varzim, ao que parece está prevista a conclusão do mesmo, andar de bicicleta com o trânsito automóvel é desencorajador e se calhar não muito seguro.
Para quem vive na cidade, a experiência de sentir a próximidade da natureza é impagável, o passeio é acessivel a todos devido ao desnivel reduzido da via, peguem lá na bicicleta e experimentem, se formos muitos talvez a moda pegue....
A ecopista do Minho é simplesmente fabulosa, tem bastante sombra, está muito bem cuidada e wc's impecáveis ao longo do percurso. Aconselho vivamente a experimentarem! Ecopista - o melhor conceito que surgiu em Portugal nos últimos tempos... não faltam utilizadores, por isso é só criar mais roteiros...
agradeço as sugestões e opiniões aqui deixadas por vós.
Boas caminhadas,
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