quinta-feira, agosto 02, 2007

Promover o interior do Algarve através de Percursos Pedestres: a "Via Algarviana" e os "Museus Naturais"


Promover o interior da região Algarvia , envelhecido e ‘desertificado’ através de Percursos Pedestres:


I – Via Algarviana

A visita a pé ao interior algarvio é o principal objectivo da Via Algarviana, um percurso com cerca de 300 quilómetros entre Alcoutim e o Cabo de São Vicente, explicou à Lusa João Ministro, da Almargem - Associação de Defesa do Património Cultural e Ambiental do Algarve.

O traçado da via, actualmente em fase final de definição, irá passar pelas aldeias da serra algarvia, «valorizando a região» através da promoção do pedestrianismo, eco-turismo e turismo de natureza. «Pretende-se que a serra seja valorizada enquanto destino turístico», levando as pessoas à região e assim contribuir para a sua revitalização. Os percursos estarão definidos em troços máximos de 30 quilómetros, onde os turistas disponham de alojamento, que a Almargem pretende igualmente divulgar.

“Queremos criar produtos específicos de pedestrianismo, como programas de cinco dias de caminhada com dormidas nas aldeias ou de observação de aves e plantas, além da divulgação de gastronomia, artesanato e observação de aves e plantas”, referiu o coordenador da Almargem, acrescentando «O nosso esforço é criar uma dinâmica no interior, envolvendo empresas de animação turística e empresários de turismo rural».



II – Projecto “Museus Naturais”


"O interior algarvio sofre de um envelhecimento assustador da população. É um território com grandes problemas socio-económicos e para a resolução destes problemas já não bastam medidas suaves, são necessárias medidas activas”, disse à agência Lusa Artur Gregório, da associação In Loco, que promove o desenvolvimento local sustentado.

Envolvida no projecto “Museus Naturais”, que conta com a participação de várias entidades da Península Ibérica, a In Loco dinamiza cinco pólos - Salir, Tavira e Serra do Caldeirão - de apoio à descoberta do património, com locais de pernoita e passeios pedestres, e apoio técnico de projectos de apoio ao meio rural.

«O objectivo é pegar em elementos que já existem no território e dar-lhes uma lógica, de interpretação dos valores naturais. Trata-se de espaços de interpretação da paisagem e património natural e também de apoio às comunidades», explicou o responsável da associação. Adiantou ainda que, apesar da «vastíssima área de grande valor ambiental», as actividades que permitam gerar riqueza na zona são “incipientes”, uma realidade que a associação pretende inverter, promovendo o turismo sustentável, o pedestrianismo e a descoberta do mundo rural.


Fonte: Observatório do Algarve 31-7-007

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