À volta de Mértola, onde o nosso olhar nos levará para tempos recuados, quando o Guadiana fazia jus a quem o apelidava do mais navegável dos rios portugueses.
Dois percursos que nos conduzem até ao Vale do Guadiana, a coluna vertebral do Parque Natural criado em seu redor. Os caminhos, de características diferentes, levam-nos a descobrir os valores que este rio encerra, seja pela fauna e flora ou pela sua importância na vida daqueles que dele dependem, e cujas águas formam a 4ª maior bacia hidrográfica da Península Ibérica.
Por entre azinheiras, bolotas, cereais e varas de porcos, iremos atravessar uma das paisagens mais típicas da Península Ibérica, o montado, fruto da manipulação do homem desde tempos remotos. Para contrastar aguarda-nos a maior albufeira do Parque, a Tapada Grande, ladeada por uma das espécies de árvores mais problemáticas que ocorre no nosso país, o eucalipto.
Acompanhados por um denso coberto arbustivo, em que as estevas predominam, vamos caminhar ao encontro daquela que é a ribeira por excelência das espécies piscícolas – o Vascão. O cheiro das flores melíferas é apenas um dos muitos atributos deste pequeno passeio, onde as vistas não têm fronteiras.
Uma pequena subida a um dos poucos pontos altos deste Parque, a serra da Sr.ª do Amparo, e onde podemos percorrer quilómetros sem nos cansarmos, até onde a nossa vista alcançar.
Um pequeno passeio ao longo da ribeira de Oeiras à descoberta das flores campestres, tendo como companhia as aves e o barulho das águas que sulcam o seu caminho em direcção ao rio Guadiana.
Ao longo do antigo caminho de ferro que ligava a Mina de São Domingos à aldeia do Pomarão, iremos recriar o trajecto utilizado para o transporte do minério que, durante mais de um século, foi explorado neste subsolo. Toda a paisagem envolvente está fortemente associada à actividade mineira que deixou para trás marcas que teimam em perdurar.
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