"O Centro de Educação e Interpretação Ambiental (CEIA) da Paisagem Protegida de Corno de Bico, em Paredes de Coura, vai ser inaugurado oficialmente em 1 de Julho pelo ministro do Ambiente, indicou o presidente da Câmara Municipal de Paredes de Coura.
António Pereira Júnior afirmou que o CEIA custou 1,1 milhões de euros e está de portas abertas desde 2 de Janeiro, tendo como principais objectivos a investigação e a divulgação dos recursos naturais daquela área protegida. O CEIA foi construído de raiz e inclui áreas destinadas à investigação e divulgação dos recursos naturais da Paisagem Protegida de Corno de Bico, designadamente ateliês, sala de exposições, auditório, laboratório e instalações sanitárias.
O projecto global de arquitectura contemplou também a recuperação e adaptação dos antigos imóveis da Casa do Professor e da Escola Primária de Chã de Lamas a dormitório e cantina, respectivamente. Aqueles imóveis foram edificados aquando da criação pelo Estado Novo da Colónia Agrícola da Boalhosa em finais dos anos 50 do século XX. «Discreto, rodeado por carvalhos, vidoeiros e cedros, o CEIA é esteticamente original, revestido por camadas de madeira, para assim se fundir na admirável paisagem circundante», disse fonte municipal.
«Estão assim criadas as condições logísticas capazes de acolher a visita de estabelecimentos de ensino e de estudiosos que pretendam aprofundar os seus conhecimentos sobre a valiosa flora e fauna da Paisagem Protegida de Corno de Bico», acrescentou.
Esta Paisagem Protegida foi criada a 20 de Setembro de 1999 e estende-se por mais de dois mil hectares, abrangendo as freguesias de Castanheira, Cristelo, Parada, Vascões e Bico, sendo que 25 por cento da área é mata formada por carvalhos e outras folhosas.
Na sala de exposições do CEIA está patente, até Março, uma mostra denominada "Do Baldio à Colónia Agrícola da Boalhosa", organizada pelo Serviço de Arquivo da Autarquia de Paredes de Coura, com o objectivo de rememorar o percurso de humanização sofrido por aquela extensa área. A iniciativa surge na sequência de uma acção de recolha de documentação, que se encontrava em vias de degradação, junto dos ex-colonos, podendo ser observados projectos e plantas originais de infra-estruturas e inúmeras fotografias, na sua maioria a preto e branco. Trata-se de documentos acompanhados de textos explicativos e que ilustram, entre outros aspectos da vida da comunidade, os trabalhos de desbravamento da terra inculta e raros utensílios agrícolas utilizados no amanho dos campo."
Fonte: RTP /Lusa -20-6-007
Fonte: RTP /Lusa -20-6-007
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www.paredesdecoura.blogs.sapo.pt
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