Os objectivos eram a recolha de lixo nos percursos a realizar e também como veiculou a PDSSE «aumentar a percepção pública da gravidade dos problemas ambientais na Serra da Estrela e da necessidade das políticas ambientais nesta área protegida».
Quatro grupos partiram de diferentes locais (Alvoco da Serra, Covão da Ametade, Lagoa Comprida, Penhas da Saúde), e subiram a Serra convergindo na Torre por volta da hora de almoço. A eles se juntou o grupo de escaladores/alpinistas do Rocha Podre e Pedra Dura, bem como um grupo (de cerca de setenta pessoas) de todo-o-terreno da Lousã que subiram a Serra nos seus jipes e paravam aqui e ali para recolher lixo.
Os caminhantes que englobavam várias dezenas de pessoas de diversas localidade como Carregal do Sal, Coimbra, Covilhã, Fundão, Gouveia, Lisboa, Manteigas, Porto, Santarém, Seia, Viseu, etc. foram palmilhando vários quilómetros, recolhendo lixo à passagem em grandes sacos de lixos. Encontraram de tudo um pouco, mas sobretudo plásticos e muitos deles objectos para escorregar na neve (plásticos, trenós de plástico, câmaras de ar, etc) que com o vento e as linhas de águas se disseminam por uma vasta área (sobretudo os plásticos) na Serra, muitos deles provindos da zona da Torre.
Como se esperava o lixo encontrado era em grande volume e os caminheiros chegaram à Torres com os plásticos bem cheios. Mesmo assim, face ao imenso lixo presente nas encostas e vales, a maior parte foi impossível de recolher. Uma vez chegados à Torre, pouco depois os grupos desceram de nova pé ou de carro.
Um pronunciado frio foi presença constante o que possivelmente levou alguns potenciais participantes a adiar a sua presença para outra oportunidade que já se perspectiva num futuro próximo.
Mais do que limpar a Serra é preciso prevenir o desmedida deposição de lixo nela, consciencializando os turistas e mesmos os locais e punindo quem se pauta por um conduta de conspurcação e deterioração do meio natural envolvente. E claro, num nível mais lato, a definição e implementação de políticas ambientais que preservem e contribuam para a salutar sustentabilidade da Serra da estrela.
Com expressa José Amoreira o lixo apresenta um marcado contraste com «o amarelo das flores da carqueija e da giesta, com o violeta das da urze, com a folhagem fresca dos carvalhos, das tramazeiras e das bétulas, com o melancólico canto do cuco, com os gritos agrestes dos gaios...» bem manifestos nesta altura do ano na Serra.
Mais informações e fotografias sobre a caminhada podem ser visualizadas neste post do blogue “O Cântaro Zangado” de onde foram retiradas informações para a elaboração de este post.
Foto: jornal "O Interior"
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